Sala Sensorial/Multisensorial: Inclusão e Acessibilidade na Prática

Este artigo é para você se você busca saber:

Como funcionam as salas sensoriais→ Explicamos recursos, layout e tecnologias usadas para criar ambientes acolhedores e acessíveis.

Por que investir em inclusão sensorial→ Mostramos benefícios para experiência do usuário, reputação e conformidade com normas.

Como implementar em aeroportos e empresas→ Detalhamos exemplos reais e como a Caminho Atípico projeta soluções para todas as neurodivergências.

Uma sala multisensorial

Um novo padrão de acolhimento nos aeroportos e espaços públicos

Você sabia que a instalação de salas sensoriais já é realidade em aeroportos de todo o Brasil — e que essa medida está transformando a experiência de viagem para milhares de pessoas neurodivergentes?
De Recife a Florianópolis, de Congonhas ao Galeão, essas estruturas têm se tornado um marco de inclusão, proporcionando ambientes seguros, tranquilos e adaptados para quem enfrenta sobrecarga sensorial em ambientes movimentados.

E mais: a presença de uma sala multissensorial pode significar a diferença entre uma viagem estressante e uma jornada tranquila — tanto para o passageiro quanto para a equipe que o atende.

Caminho Atípico

O que é uma Sala Sensorial ou Sala Multissensorial?

Uma Sala Sensorial — também chamada de Espaço Multissensorial — é um ambiente especialmente projetado para oferecer estímulos controlados e organizados, como luz, som, texturas, temperatura e até aromas.
O objetivo é proporcionar bem-estar, regulação emocional e segurança para pessoas que, em ambientes comuns, podem sofrer com sobrecarga sensorial ou desconforto físico e emocional.

Esses espaços não são simples “salas de descanso”. Eles são planejados com base em princípios de integração sensorial e design universal, permitindo que cada elemento contribua para reduzir o estresse, facilitar a comunicação e favorecer a autonomia.

Em contextos como aeroportos, escolas, hospitais, shoppings e eventos, a presença de uma sala sensorial pode representar a diferença entre uma experiência exaustiva e uma vivência acolhedora e positiva.

Quem se beneficia desses espaços?

As salas sensoriais são projetadas para atender um público diverso, incluindo, mas não se limitando a:

  • Pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) – que podem apresentar hipersensibilidade ou hipossensibilidade a sons, luzes e estímulos táteis.

  • Indivíduos com Transtorno do Processamento Sensorial – que necessitam de um ambiente adaptado para reorganizar percepções e respostas sensoriais.

  • Passageiros ou usuários com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) – que se beneficiam de um espaço silencioso e seguro para regular a ansiedade.

  • Pessoas com deficiência intelectual ou mobilidade reduzida – que podem precisar de pausas para descanso, reorientação espacial e recuperação física durante deslocamentos.

Esses espaços também podem apoiar idosos, gestantes, lactantes e qualquer pessoa temporariamente sobrecarregada ou com necessidade de um ambiente mais calmo.

Base legal e alinhamento com normas no Brasil

No Brasil, a implementação de salas sensoriais e multissensoriais se conecta diretamente com o cumprimento de leis e regulamentos de acessibilidade:

  • Resolução ANAC nº 280/2013 – estabelece procedimentos de acessibilidade para Passageiros com Necessidade de Assistência Especial (PNAE) no transporte aéreo, garantindo conforto, segurança e atendimento prioritário durante toda a jornada.

  • Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) – Lei nº 13.146/2015 – assegura o direito à acessibilidade e à participação plena e efetiva em igualdade de condições, incluindo adaptações ambientais e comunicacionais.

  • Decreto nº 5.296/2004 e NBR 9050 da ABNT – definem critérios técnicos para acessibilidade física, visual e arquitetônica em espaços públicos e privados de uso coletivo, orientando desde dimensões de portas e rampas até a sinalização tátil e visual.

O alinhamento com essas normas não apenas garante compliance legal, mas também demonstra compromisso com inclusão, responsabilidade social e experiência positiva do usuário.


    Como funciona na prática

    Uma sala sensorial não é apenas um espaço bonito ou decorado — ela é projetada de forma estratégica para oferecer estímulos que possam acalmar, regular ou reorganizar o estado sensorial e emocional de quem a utiliza.
    Tudo é pensado para que som, luz, temperatura, texturas e mobiliário estejam ajustados de acordo com as necessidades do usuário, evitando sobrecarga e favorecendo a sensação de segurança.

    Uma sala multissensorial bem planejada pode contar com:

    • Iluminação suave e regulável – uso de LEDs com intensidade e cores ajustáveis, permitindo criar cenários mais aconchegantes ou mais estimulantes, conforme a necessidade.

    • Isolamento acústico – barreiras físicas e revestimentos que reduzem ruídos externos e abafam sons internos, evitando picos sonoros que possam gerar estresse.

    • Elementos táteis – painéis com diferentes texturas, brinquedos sensoriais, tecidos macios, tapetes felpudos ou pisos texturizados para estimular o toque de forma controlada.

    • Recursos visuais relaxantes – colunas de bolhas iluminadas, imagens da natureza, projeções de movimentos suaves e cores tranquilas que induzem ao relaxamento.

    • Mobiliário ergonômico e confortável – pufes, cadeiras de descanso, redes ou balanços terapêuticos que permitem diferentes formas de acomodação.

    • Equipamentos adaptados – recursos que atendem múltiplas deficiências, como dispositivos de comunicação aumentativa, superfícies táteis, apoios para mobilidade e reguladores de temperatura.

    Uso em aeroportos e outros ambientes

    No contexto aeroportuário, o funcionamento de uma sala sensorial segue protocolos bem definidos.
    Quando um passageiro demonstra sinais de sobrecarga sensorial — como ansiedade elevada, irritabilidade, desorientação ou dificuldade de comunicação —, a equipe treinada deve:

    1. Identificar a necessidade – observando comportamentos ou a partir de solicitação do próprio passageiro ou acompanhante.

    2. Encaminhar ao espaço – conduzindo-o de forma acolhedora e discreta até a sala sensorial.

    3. Auxiliar na adaptação – explicando o funcionamento dos recursos e permitindo que o usuário escolha o estímulo ou atividade mais confortável.

    Esse processo permite que a pessoa recupere o equilíbrio emocional e físico antes de seguir viagem, reduzindo a probabilidade de crises, melhorando a comunicação com a equipe e garantindo uma experiência mais segura, digna e humanizada.

    A aplicação também se estende a shoppings, hospitais, escolas, eventos e empresas, sempre com o mesmo objetivo: criar um ponto de acolhimento acessível e funcional dentro de ambientes naturalmente estimulantes ou estressantes.


    Por que gestores e concessionárias devem investir

    Para gestores de aeroportos, companhias aéreas e grandes espaços públicos, a implantação de uma sala sensorial vai muito além de atender a um requisito opcional — trata-se de uma estratégia de negócio, de gestão de riscos e de fortalecimento de marca.

    Veja por que essa decisão é tão relevante:

    • Compliance regulatório – Ao adotar salas sensoriais, a organização se antecipa a exigências normativas atuais e futuras. A Resolução ANAC nº 280/2013 já estabelece diretrizes para atendimento humanizado e acessível a Passageiros com Necessidade de Assistência Especial (PNAE), e as revisões previstas indicam avanços no acolhimento sensorial e no uso de tecnologias assistivas. Estar à frente dessas mudanças evita multas, Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) e processos administrativos, garantindo tranquilidade regulatória.

    • Experiência do usuário – Uma sala sensorial bem projetada eleva a satisfação de passageiros e acompanhantes, transformando a percepção sobre a qualidade do atendimento. Pessoas que se sentem acolhidas e respeitadas tendem a recomendar o serviço, retornar ao local e gerar publicidade espontânea positiva, seja nas redes sociais ou em avaliações formais.

    • Responsabilidade social e ESG – No contexto atual, empresas e concessionárias precisam demonstrar compromisso real com inclusão, diversidade e acessibilidade. Incorporar uma sala sensorial ao portfólio de serviços mostra que a gestão vai além do discurso, gerando valor para programas de ESG e fortalecendo a reputação perante órgãos reguladores, investidores e sociedade civil.

    • Redução de riscos operacionais e jurídicos – O uso de salas sensoriais previne crises emocionais e situações de estresse intenso, diminuindo incidentes que podem atrasar operações, gerar custos extras e até repercussões negativas na imprensa. Ao oferecer um ambiente seguro e controlado, a equipe reduz ocorrências e melhora o fluxo operacional, garantindo maior previsibilidade.


      Exemplos reais de sucesso

      Nos últimos anos, os aeroportos brasileiros têm avançado de forma significativa na implementação de salas sensoriais e multissensoriais, consolidando essa prática como referência em inclusão no transporte aéreo. Em 2025, o Aeroporto de Recife (PE) inaugurou seu espaço multissensorial dentro do Programa de Acolhimento ao Passageiro com TEA, com ampla divulgação na mídia nacional. O ambiente, equipado com iluminação regulável, isolamento acústico e recursos táteis, tornou-se um ponto de apoio essencial para famílias de passageiros neurodivergentes, especialmente durante períodos de maior movimento.

      • No RIOgaleão (RJ), a adaptação foi ainda mais abrangente: além da sala sensorial, o terminal implantou uma sala de acomodação sensorial, integrando ambas ao programa federal e contando com suporte de especialistas para capacitar a equipe no uso adequado dos espaços. Essas iniciativas elevaram o aeroporto a um patamar de destaque nacional, tornando-se modelo para outras concessionárias.

        Outros terminais também têm se movimentado. O Aeroporto de Congonhas (SP) e o Aeroporto de Vitória (ES) já operam salas com recursos semelhantes, que incluem mobiliário ergonômico, painéis interativos e áreas de descanso silenciosas. No Aeroporto de Florianópolis (SC), o espaço multissensorial inaugurado em parceria com associações locais reforça a conexão com a comunidade e o atendimento personalizado a passageiros com Transtorno do Processamento Sensorial e ansiedade.

        O Aeroporto de Santos Dumont (RJ), administrado pela Infraero, destaca-se por integrar a sala sensorial a um conjunto mais amplo de ações de acessibilidade, como treinamento contínuo de equipe e a oferta de cordões de girassol para identificação de deficiências ocultas. Já o Aeroporto de Belo Horizonte (MG) tem estudado, em parceria com universidades, a criação de um projeto-piloto que alia a sala multissensorial a tecnologias assistivas, como aplicativos de orientação e comunicação acessível.

        Essas ações vêm recebendo ampla cobertura da imprensa e reconhecimento de organizações de defesa de direitos, colocando as empresas envolvidas na vanguarda da acessibilidade aeroportuária no Brasil. Além de atender às exigências normativas, os projetos reforçam a imagem institucional, geram engajamento nas redes sociais e inspiram outros terminais a adotarem medidas semelhantes, criando um efeito multiplicador que beneficia todo o setor aéreo.


      A expertise da Caminho Atípico

      Na Caminho Atípico, acreditamos que uma sala sensorial realmente eficiente precisa ir além do atendimento ao público com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — ela deve ser planejada para abranger todas as neurodivergências e necessidades sensoriais, incluindo pessoas com Transtorno do Processamento Sensorial, Transtorno de Ansiedade Generalizada, deficiência intelectual, mobilidade reduzida e até condições invisíveis, como fobias e doenças crônicas.

      Nosso trabalho vai muito além da simples criação de um espaço agradável. Projetamos e implementamos Salas Multissensoriais totalmente adaptadas ao perfil de cada local e público atendido, considerando o fluxo de pessoas, a rotina operacional e os objetivos da instituição. Cada projeto é único e pensado para que o ambiente seja funcional, acolhedor e fácil de manter.

      Para garantir qualidade e eficácia, utilizamos:

      • Critérios técnicos de acessibilidade definidos pela Resolução ANAC nº 280/2013, pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e pela NBR 9050 da ABNT, assegurando conformidade com exigências legais e padrões arquitetônicos.

      • Conhecimento profundo de neurodiversidade e inclusão sensorial, adquirido ao longo de anos de trabalho com diferentes públicos e ambientes.

      • Experiência prática na capacitação de equipes, preparando colaboradores para utilizar, gerenciar e preservar o espaço de forma correta e sensível.

      • Metodologias próprias que combinam design universal, conforto emocional, funcionalidade operacional e soluções sustentáveis.

      Com a nossa ajuda, aeroportos, empresas e instituições deixam de ver a sala sensorial apenas como um requisito ou tendência e passam a enxergá-la como uma oportunidade estratégica de transformar obrigações legais em experiências de acolhimento de alto impacto — experiências que fortalecem a reputação, aumentam a satisfação dos usuários e promovem a verdadeira inclusão.

      As salas sensoriais deixaram de ser apenas uma tendência para se tornarem um pilar da inclusão moderna.
      Elas melhoram a jornada de quem viaja, fortalecem a imagem da empresa e cumprem – ou até superam – as exigências legais.

      Se o seu aeroporto, empresa ou instituição quer garantir inclusão real e conformidade com as normas, a Caminho Atípico tem as soluções certas para transformar esse desafio em um diferencial competitivo.
      Entre em contato e descubra como podemos projetar um espaço que realmente faça a diferença para todos os perfis de neurodivergência.

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