Esses números têm rostos. E caminhos possíveis.
Estatísticas que mostram onde estamos — e para onde podemos seguir.
O Brasil e o Mundo Além das Estatísticas
Os números por si só não contam toda a história. Mas, quando olhamos para as estatísticas da neurodivergência e das condições ocultas, entendemos o tamanho do impacto social e econômico. O Brasil e o mundo ainda têm um longo caminho para garantir acessibilidade e inclusão – e é por isso que trabalhamos para transformar esses dados em ações
Uma em sete pessoas no mundo é neurodivergente
Mais de 17 milhões de brasileiros têm alguma condição oculta
70% das pessoas neurodivergentes enfrentam grandes barreiras no mercado de trabalho
Números Que Definem a Neurodivergência
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O diagnóstico de TEA costuma ocorrer após os 4 anos, embora sinais possam surgir antes dos 2 anos.
Homens têm cerca de quatro vezes mais chances de serem diagnosticados com TEA do que mulheres.
30% a 40% das pessoas com TEA são consideradas não verbais.
Apenas 16% dos adultos autistas empregados relatam ter recebido apoio adequado no trabalho.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Em até 60% dos casos, o TDAH persiste na vida adulta.
O TDAH é diagnosticado, em média, com 8 anos de atraso após os primeiros sinais.
Crianças com TDAH têm 2 a 3 vezes mais chance de desenvolver ansiedade.
Meninos são diagnosticados com TDAH cerca de três vezes mais do que meninas.
Dislexia
Até 80% das pessoas com dificuldades de aprendizagem têm algum grau de dislexia.
A dislexia é mais comum em meninos do que em meninas, embora possa afetar ambos.
Diagnóstico precoce e suporte adequado podem reduzir as dificuldades acadêmicas em até 50%.
Em média, apenas 1 em cada 10 disléxicos recebe o suporte necessário nas escolas.
Síndrome de Tourette
Até 50% das crianças com Tourette apresentam remissão significativa dos tiques na vida adulta.
Cerca de 86% das pessoas com Tourette têm outra condição associada, como TDAH ou TOC.
O diagnóstico geralmente ocorre entre 5 e 7 anos de idade.
Meninos são cerca de três a quatro vezes mais propensos a serem diagnosticados do que meninas.
Inclusão que Transforma: Oportunidade, Resultado e Crescimento
Os dados são claros: investir em diversidade e inclusão não é apenas uma questão ética — é uma escolha inteligente. Ambientes inclusivos reduzem barreiras, retêm talentos, aumentam a inovação e geram impacto organizacional real. A mudança começa com preparo, respeito e ação.

A Falta de Preparação Ainda é a Regra, Não a Exceção
Apesar dos avanços nas discussões sobre diversidade, a realidade mostra um cenário preocupante: 3 em cada 4 empresas ainda não oferecem treinamentos voltados à inclusão de pessoas neurodivergentes.
Isso representa uma enorme lacuna de preparo que impacta diretamente a permanência, o desempenho e o bem-estar desses profissionais no ambiente de trabalho.
Investir em capacitação não é apenas uma questão ética — é também uma estratégia inteligente. Ambientes inclusivos retêm talentos, impulsionam a inovação e refletem um futuro corporativo mais humano, produtivo e competitivo.
Barreiras Invisíveis, Impactos Reais
Enquanto buscamos um mercado de trabalho mais justo, os números revelam uma realidade alarmante: 70% das pessoas neurodivergentes enfrentam obstáculos significativos para se manterem empregadas, mais do que o dobro da média da população geral.
Essas barreiras vão desde ambientes sensorialmente inadequados até a falta de compreensão sobre diferentes formas de pensar, comunicar e produzir.
O resultado? Talentos desperdiçados, inovação limitada e uma cultura organizacional que exclui em vez de transformar.
Incluir não é um favor — é uma estratégia de futuro.
Criar ambientes acessíveis, respeitosos e adaptáveis beneficia toda a equipe e impulsiona o crescimento sustentável das empresas.


Diversidade: O Fator-Chave para Talentos e Transformação
A presença de equipes diversas não é apenas um sinal de responsabilidade social — é uma vantagem competitiva comprovada. Empresas que valorizam a pluralidade de pensamentos, vivências e formas de agir têm 35% mais retenção de talentos e 20% mais inovação interna.
Ambientes inclusivos geram mais engajamento, segurança psicológica e criatividade. E colaboradores que se sentem reconhecidos e respeitados permanecem por mais tempo e contribuem com soluções mais originais.
Investir em diversidade é investir em gente, em ideias e em resultados duradouros.
Não se trata apenas de fazer o certo — trata-se de fazer melhor.
Inclusão: O Motor da Inovação Sustentável
Empresas que praticam a inclusão de forma estratégica colhem resultados concretos. À medida que o nível de inclusão aumenta, os indicadores de produtividade e inovação crescem juntos — não por acaso, mas porque ambientes diversos desbloqueiam o potencial coletivo.
A diversidade de perspectivas, quando acolhida com respeito e estrutura, acelera soluções, fortalece a cultura organizacional e estimula a criatividade em todos os níveis. O gráfico é claro: onde há inclusão real, o impacto organizacional é mais alto e mais duradouro.
Incluir é mais do que adaptar. É evoluir. É crescer com propósito.

Onde a Inclusão Ainda Falha – e Pode Evoluir
Dados que revelam os desafios da acessibilidade sensorial e da inclusão neurodivergente em diferentes setores da sociedade. Entender é o primeiro passo para transformar.
Educação
A maioria das escolas ainda não está preparada para receber alunos neurodivergentes com o cuidado necessário. Cerca de 58% não oferecem formação continuada para seus educadores.
E apenas 12% das salas contam com algum tipo de adaptação sensorial ativa.
Isso afasta, sobrecarrega e invisibiliza muitas crianças.
Incluir começa por reconhecer: ensinar é também aprender a acolher.
Saúde
O ambiente de saúde, que deveria ser de cuidado, muitas vezes se torna fonte de estresse para pessoas neurodivergentes.
64% relatam experiências negativas em clínicas e hospitais.
Mas quando há protocolos sensoriais, a realidade muda: a adesão ao tratamento aumenta em 40%.
O acolhimento precisa começar na recepção e se estender por todo o atendimento. Sensibilidade também salva vidas.
Hotelaria
A experiência de se hospedar deveria ser sinônimo de descanso — mas nem sempre é. 90% dos hotéis ainda não possuem adaptações sensoriais para hóspedes neurodivergentes.
Para muitas famílias, isso significa noites difíceis e exclusão silenciosa.
Mas os primeiros espaços adaptados mostram outro caminho: acolhimento real e experiência positiva. A hospitalidade precisa ser inclusiva — no detalhe, no cuidado e na escuta.
Corporativo
O mundo do trabalho ainda é pouco acessível para a neurodivergência.
Apenas 4% das empresas brasileiras têm políticas específicas para colaboradores neurodivergentes. E ambientes não adaptados geram sobrecarga, afastamentos e perda de talentos.
Quando há inclusão real, os afastamentos caem pela metade.
A diversidade não é só justa — é estratégica.
Educação
O ensino superior ainda exclui de forma silenciosa. 1 em cada 6 estudantes universitários neurodivergentes desiste do curso por falta de apoio.
Mas onde há núcleos de inclusão bem estruturados, a permanência triplica.
A trajetória acadêmica não deve ser uma prova de resistência.
Com suporte, o conhecimento floresce — para todos.
Eventos
A cultura precisa ser para todos — mas ainda não é. 82% das programações culturais não informam se têm acessibilidade sensorial.
Isso afasta quem mais precisa se sentir parte.
Quando há rotas adaptadas e zonas de regulação, a avaliação do evento dobra entre visitantes neurodivergentes.
Incluir é expandir o alcance da arte, da música e do pertencimento.