Como cumprir a NR 1 com inclusão sensorial e proteger sua empresa de passivos trabalhistas

A NR 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) passou por atualizações relevantes nos últimos anos, e desde 2022 sua exigência central — o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) — tornou-se obrigatória para todas as empresas. O que poucas organizações perceberam é que a nova NR 1 não trata apenas de riscos físicos ou químicos, mas inclui agora categorias fundamentais como os riscos psicossociais, sensoriais e cognitivos.

Na prática, isso significa que não basta mais medir ruído, temperatura ou ergonomia. As empresas precisam olhar também para fatores que afetam a experiência emocional e sensorial dos trabalhadores — especialmente os colaboradores neurodivergentes, que compõem até 15% da força de trabalho, segundo dados da OMS.

Ambientes com luzes fortes, ruídos constantes, cheiros intensos ou comunicação desorganizada geram sobrecarga sensorial e mental, afetando o desempenho, o bem-estar e até a permanência desses profissionais nas equipes. O problema é que a maioria dos PGRs em circulação ainda ignora completamente esses riscos invisíveis. Isso deixa empresas vulneráveis — tanto do ponto de vista humano quanto jurídico.

Diversos casos recentes de afastamentos por transtornos mentais e síndromes relacionadas ao estresse ocupacional têm como causa ambientes hostis do ponto de vista sensorial ou relacional. E, quando esses riscos não estão documentados e tratados, eles abrem margem para ações trabalhistas com alto potencial de perda, tanto por negligência quanto por falta de adequação normativa.

Ou seja: incluir a dimensão sensorial e psicossocial no PGR é uma forma direta de mitigar passivos trabalhistas antes que eles aconteçam.

Além disso, existe um movimento crescente de fiscalização ativa da inclusão e da saúde mental nos ambientes de trabalho, especialmente em empresas que já possuem laudos técnicos arquivados, mas não implementam melhorias reais. Ter relatórios superficiais não é mais suficiente — é preciso demonstrar ação concreta e acompanhamento contínuo.

É nesse ponto que a inclusão sensorial se mostra não apenas necessária, mas estratégica. Adotar essa abordagem no processo de cumprimento da NR 1 significa criar ambientes mais saudáveis, inclusivos e juridicamente protegidos. Significa enxergar o PGR não como uma burocracia, mas como uma ferramenta de governança e cuidado.

A Caminho Atípico atua como consultoria especializada nesse processo, oferecendo:

• Avaliação técnica e sensorial dos ambientes;

• Mapeamento de riscos psicossociais e cognitivos com olhar neurodivergente;

• Relatórios técnicos complementares e válidos para compor o PGR;

• Treinamentos de equipes e lideranças com foco em prevenção e acolhimento;

• Certificação Sensorial, que reforça o compromisso da empresa com segurança, diversidade e bem-estar.

Não se trata apenas de estar em conformidade com a legislação. Trata-se de proteger sua empresa de riscos jurídicos e reputacionais ao mesmo tempo em que se constrói um ambiente mais humano, produtivo e preparado para o futuro.