Este conteúdo é ideal para você se sua pergunta for:

O que é neurodivergência e por que ela já está presente na sua equipe.

Qual o papel do RH e do SST na inclusão real e na prevenção de riscos.

Como transformar essa pauta em ação estratégica, ética e legal.

A NR 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) passou a exigir, desde 2022, a adoção do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) por todas as empresas. E embora muitas organizações acreditem que estão em conformidade, a realidade é que a maioria dos PGRs atuais ainda está incompleta ou desatualizada.
Não se trata apenas de evitar multas ou responder a uma fiscalização. A NR 1, quando aplicada corretamente, pode proteger sua empresa contra passivos trabalhistas, melhorar o clima organizacional e demonstrar compromisso real com a saúde ocupacional.
Se você é gestor, RH, responsável por SST ou liderança estratégica, este artigo traz um checklist objetivo e atualizado para avaliar se sua empresa está, de fato, preparada para cumprir a norma.
Checklist Crítico para Avaliar a Eficácia do Seu PGR
1. Seu PGR está ativo, atualizado e personalizado?
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) deve ser um reflexo fiel da dinâmica real da sua operação. Ele não é um documento genérico ou estático. De acordo com a NR 1, ele deve considerar as mudanças constantes no ambiente de trabalho, como novas máquinas, alterações de layout, processos ou composição da equipe. Um PGR desatualizado ou copiado de modelos genéricos deixa de cumprir sua função legal e preventiva, podendo ser invalidado tecnicamente durante auditorias ou fiscalizações.
Dado relevante: Segundo a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), mais de 40% das autuações por irregularidades em programas de prevenção ocorrem devido à ausência de contextualização e atualização dos documentos.
2. Você tem um inventário de riscos completo e atualizado?
O inventário de riscos é o pilar central do PGR. Ele deve identificar, classificar e descrever todos os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estão expostos, incluindo a análise de probabilidade, severidade e frequência da exposição, bem como os grupos vulneráveis (ex: gestantes, PCDs, neurodivergentes).
Mas atenção: muitas empresas ignoram riscos não visíveis a olho nu — como os sensoriais (excesso de estímulos visuais ou sonoros), psicossociais (pressão, assédio moral, jornadas extensas) e emocionais (ambiente hostil, insegurança). O não reconhecimento desses riscos compromete a validade do inventário
Referência técnica: A própria NR 1, em seu item 1.5.4.3.1, orienta que o inventário inclua “todos os perigos identificados, inclusive aqueles relacionados a aspectos psicossociais, ergonômicos e organizacionais”.
3. Os riscos psicossociais e sensoriais estão sendo considerados de forma consistente?
Essa é uma das principais lacunas dos PGRs analisados em fiscalizações recentes. A versão atual da NR 1 amplia a visão de risco para além do físico e químico — reconhecendo o impacto de fatores como estresse ocupacional crônico, ruído constante, iluminação inadequada, sobrecarga cognitiva e ausência de pausas restaurativas.
Esses fatores afetam diretamente a saúde mental, o sistema nervoso central e a percepção sensorial, especialmente entre trabalhadores neurodivergentes, como pessoas com TEA, TDAH e alta sensibilidade sensorial.
Estudo de apoio: De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os transtornos mentais e comportamentais já são a segunda maior causa de afastamentos no mundo, e a tendência é de crescimento acelerado.
4. O plano de ação está sendo implementado e monitorado?
O PGR não deve se limitar à descrição dos riscos: ele exige um plano de ação estruturado, com medidas técnicas, administrativas e organizacionais claras. É obrigatório apontar quem será responsável por cada medida, em quanto tempo, com quais recursos e como será monitorado.
Empresas que mantêm planos vagos, sem cronograma ou indicadores de acompanhamento, podem ser autuadas por omissão operacional — o famoso “documento que não sai da gaveta”.
Risco jurídico: A ausência de execução do plano pode ser interpretada como negligência em caso de acidente de trabalho, gerando passivos trabalhistas, ações regressivas pelo INSS e até responsabilização criminal da liderança.
5. As lideranças, RH, SST e equipes estão capacitados?
Treinamento contínuo é parte obrigatória da implementação do PGR. Não basta elaborar documentos: é preciso garantir que todos os envolvidos saibam identificar riscos, aplicar medidas preventivas e agir em emergências. Isso inclui desde a alta liderança até a linha de produção.
Além disso, equipes de Recursos Humanos e Segurança e Saúde no Trabalho precisam compreender os novos perfis profissionais, incluindo pessoas neurodivergentes, e adaptar os processos seletivos, integrações e gestão do clima organizacional.
Exemplo prático: A inclusão de treinamentos sobre riscos psicossociais reduziu em até 30% os afastamentos por burnout em empresas que adotaram programas proativos de saúde mental, segundo estudo da Harvard Business Review.
6. Seu processo é auditável, rastreável e legalmente defensável?
A rastreabilidade é essencial para proteger sua empresa em auditorias, fiscalizações e eventuais ações judiciais. Isso significa que todos os dados, decisões e ações devem ser documentados com clareza: quem fez, quando, por que fez e com base em quais evidências.
Sistemas de gestão baseados em evidências — com protocolos, atas, registros de treinamentos, relatórios de inspeções e feedbacks dos trabalhadores — fortalecem a governança e demonstram diligência frente a órgãos como MPT, INSS e Justiça do Trabalho.
Alerta prático: Em ações trabalhistas, empresas com histórico documentado e processos bem estruturados reduzem em até 70% o risco de condenações por negligência ou culpa organizacional.
Um PGR ativo não é burocracia — é proteção estratégica
Tratar o PGR como um documento vivo, integrado à cultura da empresa, é fundamental para reduzir riscos, preservar vidas e proteger juridicamente sua organização. Ignorar seus pilares — ou tratar o programa como mera formalidade — é abrir a porta para autuações, ações judiciais e perdas humanas e financeiras.
Se sua empresa ainda não atualizou o PGR com foco em riscos psicossociais e sensoriais, o momento é agora. A conformidade deixou de ser apenas obrigação: tornou-se diferencial competitivo e indicador de responsabilidade social.
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A Caminho Atípico é especialista em acessibilidade sensorial e neurodivergente no ambiente de trabalho, com foco total na adequação à NR 1. Nossa equipe multidisciplinar atua com:
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Inclusão de riscos sensoriais e psicossociais;
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